Escalada ao topo ...
Por: Haroldo Pereira Barboza
A escalada ao topo da convulsão.
Ao longo do tempo ficaremos aqui nesta rede social, de forma impotente, relatando casos de violência urbana. No início do próximo ano, teremos material para que um instituto de pesquisa informe:
“A violência no RJ, no ano de 2017 cresceu XX,19% em relação a 2016”.
Em 2019 esta nota passará para XX+delta%. E assim por diante, nos próximos 5, 10, ou 20 anos.
As autoridades que são eficazes nas cobranças de impostos e mais ainda no desvio de mais da metade deles, nada farão além de estamparem factoides do tipo “... para isto estamos criando (ou levando?) uma comissão blá blá ...”.
Em suma: nada mudará pelo fato de sermos herdeiros de sucessivas gerações de acomodados (só ficam indignadas no teclado) que apenas possuem fôlego e apetite para seguir blocos carnavalescos, discutir tabelas mal elaboradas de futebol e dar dinheiro via telefone para emissora de tv eliminar um antipático no “paredão” que não esconde das crianças as cenas de baixo padrão moral que são despejadas em nossos lares.
Desta fornada de jovens assistentes, sairão novos políticos mais “aprimorados” em elaborar leis (?) em proveito próprio enquanto a população desprotegida continuará contabilizando as vítimas próximas e rezando (louvando quem?) para não serem “sorteados” na próxima vez que tiverem de sair de casa.
Quem tiver maior percepção do comportamento do cinturão de miséria que nos sufoca, terá maiores condições de estipular o prazo para que a convulsão social em ebulição exploda em níveis mais elevados do que no Haití. Na minha intuição de Matemático, isto não deve ultrapassar 10 anos. Pobre de nossos netos.
Nesta oportunidade, os ratos do poder debandarão para a Europa com a grana que acumularam ao longo deste processo de degradação de nossa dignidade que assistimos passivamente sem um plano de combate eficaz,
muitas vezes bloqueado por falsas hipocrisias.
Haroldo – Vila Isabel – março/2017
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