CAMINHADA
Por: ANTONIO CARNIATO FILHO
CAMINHADA
Eu vou com as horas,
Andando em passos lentos,
Pisando o chão, cortando ventos,
Transpondo montanhas com passos vacilantes.
Não contando as horas - acompanhando os instantes.
O tempo de seguindo, mesmo que não haja cheganças.
Minhas estradas são as horas, meus tempos, minhas esperanças.
Tenho medo de chegar!
Só isso, que sei mesmo.
As horas são passageiras e eu preciso acompanhá-las.
O relógio gira, gira e gira e sempre chega.
Repetindo-se, chegando ao mesmo lugar.
Eu vou com as horas em pontos diferentes,
Procurando luzes, belezas, coisas palpáveis, eu vou...
Procurando horas distantes, para encher minha alma.
Meu coração anseia horas que não param no mesmo lugar.
Não vou contar as horas para chegar ...
Onde o ponteiro do relógio não chega!
ANTONIO CARNIATO FILHO – 24/09/2017
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