O destino, flores, tijolos e chuva.
Por: Aristides de Albuquerque Meira Neto
Sempre que um dia é bom pra mim
Vem sempre cinco ou seis dias ruins
Nem ligo mais pra minha aparência
Vou viver na transparência
Ninguém vai me notar
Onde eu quiser ir eu vou
Estarei aonde eu quiser estar
Eu estarei aqui eu estarei lá
Onde eu estou, está escuro está claro e está bom para ficar
Mas sei que não vai dar certo
Pois só quero me livrar dos dias ruins
Eu sei que onde eu for o destino também vai ir
Eu era uma construção de tijolos podres
Pois meus tijolos não são de barro, são de flores
No começo eram muitas rosas vermelhas e de belas flores
E agora são uns montes de galhos secos sem cores
Mas você veio como uma chuva
E regou meus tijolos
E agora sou uma construção que não vive sem você
Pois para que eu fique vivo
Você vai ter que chover
Quase todo dia
Quase toda hora
Vou precisar de você pra viver
Pois minha estrutura depende de você
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