SAUDADE DE VIRGINÓPOLIS
Por: Tolentino e Silva
Ainda me mata a saudade
Da minha pequena cidade
Que me assistiu nascer
Por entre as estreitas ruas
E as vielas nela contidas
A história pode-se ver
Saudade da Igreja Nossa Senhora do Patrocínio
Quando ainda menino
Um dia fui crismado
Nesse dia, calcei o meu primeiro par de sapatos novos
Como um pinto no interior do ovo
Sentia meus pés calejados
Do velho Grupo Escolar
Onde comecei a estudar
Como me orgulhava ver
Tremular a bandeira no mastro
No interior do grande pátio
Sentia-me herói, sem soldado ser
Saudade do meu segundo lar
Onde pude encontrar
Afeição e carinho
De Josefina e Levy
Com quem eu muito aprendi
Seguir um honrado caminho
Onde aprendi a ser homem
Deram-me honra, um nome
Me senti amparado
Eles e sua filha, professora Ana
Minha segunda família
Por quem fui educado
Cidade da jabuticaba
Da geleia, da cachaça, do vinho
Do licor, tudo feito com carinho
Ah! Você precisa escalar
A maior escadaria do mundo
Está no livro dos recordes, sabia?
Lá no alto, a capelinha
Que abriga a padroeira, a madrinha
Da minha cidade natal
Ô que saudade danada!
Qualquer dia desse eu pego a estrada
Vou tomar leite no curral
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