Dinheiro
Por: João Victor Vasconcelos de Matos
Não, não dou a importância “devida” ao dinheiro
Nunca joguei notas de reais pela janela, admito
Porém confesso que já tive vontade
Os homens não mais buscam paz, amor, saúde
Eles almejam dinheiro
Pouco importam as relações afetivas
Os prazeres da vida
Se faltar dinheiro
Não gosto de segurar cédulas de papel
Tampouco as moedas
Exceto se forem comemorativas
Aí sim, guardo com o maior zelo
Não pelo valor econômico, viso seu valor histórico, cultural e afetivo
Para mim
Seguro com maior gosto
Fotos, livros, recados e bilhetes
Objetos que daqui a décadas serão lembrados e celebrados
No futuro não quero ter muito dinheiro
Mas sim memórias
Boas memórias
Há quem diga que sou hipócrita
Afinal, até para ler ou escrever esse texto
Gasto dinheiro
Seja com o computador ou com caneta e papel
Infelizmente as regras do dinheiro regem o mundo
Aceito fazer parte
Mas que ele seja meu escravo
Nunca o meu senhor
*Texto escrito em 2015.
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