NA MESA DO BAR
Por: Tolentino e Silva
Resenha descritiva, alusiva à tela “NA MESA DO BAR”, da cardiologista e artista plástica, Dra. Nilcea Moraes.
Os bares apresentam um cenário perfeito para compositores, principalmente no Rio de Janeiro. Parte desse cenário foi e continua sendo inspiração dos compositores para rascunharem suas músicas. Enumerando as inspirações destacam-se: as mulheres, em seguida as bebidas, as mesas e os amigos. Se faltar um instrumento, não importa: com uma caixa de fósforos improvisam o ritmo. Ali, naquele ambiente, entre um Whisky e outro, uma cerveja ou uma boa cachaça, as canções vão sendo solfejadas e rascunhadas.
Compositores famosos se deram bem e compuseram músicas maravilhosas, debruçados sobre as mesas dos bares. Dizem que até a música “Garota de Ipanema” foi escrita em uma mesa do bar “Villarino, no Rio de Janeiro. Parceria de sucesso de Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Outras canções, mesmo não tendo sido compostas nas famosas mesas, pelo menos as lembram: “Garçom” (Reginaldo Rossi), “Mesa de Bar” (Jair Rodrigues), “Na mesa do bar (Gabriel Gava) e outras tantas.
Bar e boemia sempre estiveram juntos. O primeiro é o estabelecimento que está sempre aberto àqueles que podem pagar pelo que consomem. O segundo é o sujeito que está sempre disposto a jogar conversa fora e “tomar uns tragos”. Há também aqueles que se sentam em torno de uma mesa, pedem uma bebida e nela afogam suas mágoas, suas dores e dissabores.
(Tolentino e Silva – Virginópolis/MG)
Livro-coletânea: 50 Tons e Literatura – pág. 92)
Produzido pela Academia Valadarense de Letras,
Nilcea Moraes e Cícero Moraes)
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