BEM-TE-VI
Por: ANTONIO CARNIATO FILHO
Manhã azulada e fria do mês de abril,
A brisa sopra as ruas roçando o rosto,
Um cantar mágico, insistente, febril,
Repercute mais atrás do muro lá posto.
De repente, grita no arvoredo vizinho,
O som estridente e puro que ouvi,
A ave amarela chegou de mansinho,
Avisando baixinho, bem-te-vi, bem – bem-te-vi.
Sentado e tomando café na mesa,
Ouvia aquela voz macia com surpresa,
Um som maravilhoso - jamais esqueci.
Ave alada, da linda manhã domingueira,
O teu cantar lembra a hora fagueira,
Quando cantavas bem-te-vi, bem-te-vi.
ANTONIO CARNIATO FILHO, 11/04/2019
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