
Biografia:
Pouca coisa se sabe sobre a vida de William Shakespeare. A falta de
maiores informações sobre sua vida chegou a inspirar dúvidas quanto
à verdadeira autoria de suas peças. Sabe-se apenas, com certeza, que
ele nasceu em Stratfordon-Avon, a 22 de abril de 1564, e morreu na
mesma cidade, a 23 de abril de 1616. Teria freqüentado o colégio
público de sua cidade natal, casado muito cedo e se tornado ator. Ao
transferir-se para Londres, em 1592, já era um dramaturgo conhecido.
Dono do Globe Theatre, tornou-se um homem próspero e aplicou os
lucros na compra de propriedades e terrenos em sua cidade, onde se
instalou definitivamente em 1611.
A arte dramática de Shakespeare
pode ser dividida em três fases. Numa primeira, que vai de 1590 a
1602, o dramaturgo escreveu comédias alegres e ligeiras, dramas
históricos e tragédias no estilo renascentista. a segunda fase,
iniciada em 1602 e que vai até aproximadamente 1610, caracteriza-se por
tragédias grandiosas e comédias amargas; enquanto na terceira fase, que
vai até o fim de sua vida, foram produzidas peças feéricas com finais
conciliatórios. Embora alguns críticos queiram atribuir essas
diferenças a acontecimentos de sua época, não há evidências que
possam comprovar essa teoria. O mais provável é que tenha ocorrido uma
simples mudança de estilo.
Sua primeira peça, "Titus
Andronicos", escrita provavelmente em 1590, já trazia alguns
elementos do universo shakespeariano: uma tragédia de horrores, cheia de
assassinatos e violações, em que se vislumbra o toque do supremo
analista da alma humana. Apesar de ter gozado de grande popularidade na
época, essa obra seria mais tarde considerada indigna de
Shakespeare. Em seguida, começou a elaborar peças históricas e
comédias populares. Dessa fase, são mais conhecidas hoje: "A megera
domada", cuja fonte foi uma antiga peça anônima e escrita apenas
para divertir o público; "Romeu e Julieta", derivada de um
insípido poema de Arthur Brooke, que se tornou a mais célebre das
tragédias de amor de todos os tempos e a obra mais conhecidas do
autor; e "Julio César", sua ultima peça renascentista.
Das tragédias de sua segunda fase,
constam algumas das suas mais famosas obras: "Hamlet" (1601),
onde se discute a condição humana e a loucura do poder; "Macbeth"
(1606), uma visão aguda e sombria da ambição e da atmosfera asfixiante
inerente à tirania; e, "Rei Lear" (1607), um enfoque da
crueldade humana, incrustada na tragédia de um amor fatal, considerada,
por muitos, a sua maior obra. De sua ultima fase, a peça mais conhecida
é "A tempestade", que, apesar de seu final conciliatório,
mostra o contraste violento entre o monstro Caliban e o angelical Ariel.
Autor de trinta e sete peças teatrais,
Shakespeare é considerado o maior dramaturgo da literatura universal. O
fato de ter escrito à maneira de sua época, o fértil renascimento
elisabetano, com uma técnica que nada tem em comum com a antiguidade
grega ou o classicismo francês, foi durante muito tempo obstáculo para o
reconhecimento de sua obra, muito mais influenciada por autores ingleses
seus contemporâneos como Marlowe, Middleton ou John Webster do que pelos
clássicos. Também poeta, Shakespeare escreveu dois poemas narrativos
durante a juventude e mais de cem sonetos, considerados os mais belos da
língua inglesa.
OBRAS:
- Hamlet
- Muito barulho por nada
- Medida por medida
- A tragédia do rei Ricardo II
- A famosa história da vida do rei Henrique VIII
- Henrique IV (parte I)
- Henrique IV (parte II)
- Vida e morte do Rei João
- Macbeth
- A Tempestade
- A megera domada
- Otelo
- Júlio César
- Rei Lear
- Romeu e Julieta
- Conto de inverno
- Antônio e Cleópatra
- Sonho de uma noite de verão
- Tudo bem quando termina bem
- As alegres senhoras de Windsor
- A Comédia dos erros
- O Mercador de Veneza
- Os dois cavalheiros de Verona
- Trabalhos de amor perdidos
- A tragédia do rei Ricardo III
- Coriolano
- Tito Andrônico
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ROMEU E
JULIETA (Resumo)
Ato I. Cena 1: No mercado de Verona
Romeu, filho dos Montéquio, tenta sem sucesso declarar seu amor a
Rosalina e é consolado por seus amigos Mercúrio e Benvolio. As pessoas
começam a se encontrar no mercado, e uma discussão ocorre entre Tebaldo,
sobrinho dos Capuleto, e Romeu e seus amigos. Os Capuletos e os
Montéquio são inimigos eternos, e por isso, logo se inicia uma briga. Os
Montéquios e os Capuleto lutram entre si, até que são interrompidos pela
chegada do Príncipe de Verona, que tenta dar fim à hostilidade existente
entre as duas famílias.
Ato I. Cena 2: A sala de Julieta na casa dos Capuleto
Julieta, brincando com sua ama, é interrompida por seus pais. Eles a
apresentam a Paris, um rico e jovem nobre que pediu sua mão em
casamento.
Ato I. Cena 3: Fora da casa dos Capuleto
Os convidados chegam para o baile oferecido pela família. Romeu,
Mercúrio e Benvolio se disfarçam com máscaras e decidem ir em busca de
Rosalina.
Ato I. Cena 4: O salão de bailes
Romeu e seus amigos chegam no clímax da festa. Os convidados vêem
Julieta dançando; Mercúrio, vendo que Romeu está hipnotizado por ela,
decide distrair sua atenção. Tebaldo reconhece Romeu e ordena que deixe
o salão, mas um Capuleto intervém e o acolhe como convidado em sua casa.
Ato I. Cena 5: Fora da casa dos Capuleto
Enquanto os convidados deixam o salão, o Capuleto reprime Tebaldo por
perseguir Romeu.
Ato I. Cena 6: O balcão de Julieta
Sem conseguir dormir, Julieta fica em seu balcão pensando em Romeu,
quando ele de repente aparece no jardim. Eles então confessam o amor que
sentem um pelo outro.
Ato II. Cena 1: O mercado de Verona
Romeu só consegue pensar em Julieta e, vendo um cortejo de casamento
passar, ele sonha no dia em que vai desposá-la. Enquanto isso, a ama de
Julieta se espreme no meio da multidão para entregar uma carta para
Romeu. Ele lê e recebe o "sim" de Julieta para o casamento.
Ato II. Cena 2: A capela
Os amantes se casam secretamente com Frei Lourenço, que espera que assim
se acabe a intriga entre os Motéquio e os Capuleto.
Ato II. Cena 3: O mercado de Verona
Interrompendo a farra, Tebaldo luta com Mercúrio e o mata. Romeu
vinga-se da morte de seu amigo e é exilado.
Ato III. Cena 1: O quarto
Na aurora de um novo dia, a agitação na casa dos Capuleto é muita, e
Romeu deve ir embora. Ele abraça Julieta e parte no momento em que os
pais de Julieta aparecem com Paris. Julieta recusa-se a casar com ele,
e, magoado com sua recusa, ele a deixa. Os pais de Julieta se aborrecem
e ameaçam deserdar a filha. Julieta vai ao encontro de Frei Lourenço.
Ato III. Cena 2: A capela
Julieta cai nos pés do frei e implora por sua ajuda. Ele lhe dá um
frasco com uma poção que a fará dormir, de maneira que todos pensem que
é morta. Seus pais, acreditando estar ela realmente moribunda, irão
enterrá-la no mausoléu da família. Enquanto isso Romeu, avisado pelo
Frei Lourenço, irá voltar à noite para buscá-la e juntos fugirem de
Verona.
Ato III. Cena 3: O quarto
Esta noite, Julieta aceita que Paris a despose, mas na manhã seguinte,
quando seus pais chegam com Paris, percebem que ela está morta.
Ato III. Cena 4: O mausoléu dos Capuleto
Romeu, não avisado pela mensagem do Frei, volta à Verona atordoado com a
notícia da morte de sua amada. Disfarçado como um monge, ele entra no
mausoléu e, vendo Paris sobre o corpo de Julieta, o mata. Acreditando
que ela está morta, Romeu se envenena. Julieta acorda, e vendo seu Romeu
sem vida, se suicida também com um punhal, pois não pode viver sem seu
grande amor.
Muito barulho por nada (Resumo)
William Shakespeare
Um homem e uma mulher. Os dois igualmente
inteligentes, bem articulados, espirituosos, rápidos em construir
respostas espertas a todo tipo de afirmação ou pergunta. É nas falas de
Beatriz e Benedicto, dois dos personagens mais queridos do público de
Shakespeare, que se fundamenta a parte cômica desta peça,
Muito
barulho por nada. Quando se encontram os dois, armam-se verdadeiros
combates entre esses esgrimistas das palavras, dois alérgicos ao
casamento, para o prazer do leitor ou platéia.
O lado trágico da peça nasce de pérfida
intriga armada por um homem despeitado e vingativo, carregado de ódio, e
que se descreve assim: "é mais condizente com meu sangue ser desdenhado
por todos que pavimentar a estrada para roubar a afeição de alguém.
Assim é que, muito embora não se possa dizer de mim que sou um homem
honesto e bajulador, não se pode negar que sou um patife franco e leal".
Com provas falsamente arranjadas, uma inocente donzela é acusada de ser
uma rameira. A história tem danças, festa de mascarados, cerimônia de
casamento; tem flertes, tem príncipes e condes, damas nobres e damas de
companhia; e a história tem calúnias, desafios para duelos,
confrontações verbais, cerimônia fúnebre, até morte e fuga que se
revertem. A história tem dores e amores; a história é teatro e é
Shakespeare.
“Plante
seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga
flores. E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é
forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode
mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da
vida!”
“Aprendi
que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas
razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida
faça o resto...”
- Um coração sem máculas dificilmente se assusta.” (William
Shakespeare (1564-1616), poeta e dramaturgo inglês)
- A esperança, muitas vezes, é um cão de caça sem
pistas. (William Shakespeare – poeta e dramaturgo inglês)
- Amar não significa apoiar-se e companhia nem
sempre significa segurança. (William Shakespeare – poeta e dramaturgo
inglês)
- A felicidade efetivamente consiste no meio-termo,
nem muito alta nem muito baixa; à opulência nascem-lhe cedo cabelos
brancos, mas a simplicidade tem velhice longa... (William Shakespeare
– poeta e dramaturgo inglês)
- É preferível ser
desprezado e saber, que viver adulado e tido sempre em desprezo. (William
Shakespeare - King Lear, ato IV, cena 1)
- A ambição em si, não
é mais que a sombra de sonho. (William
Shakespeare - Hamlet, ato II, cena 2)
- Podeis fazer-me abdicar de minhas glórias
e de meu Estado; mas de minhas amarguras, não, pois ainda não sei de
minhas tristezas. (William Shakespeare - King Richard II, ato IV, cena I)
- Oh! que formosa aparência
tem a falsidade! (William Shakespeare - The Merchant of Venise, ato I -
cena 3).
- Não basta levantar o
fraco, é preciso ampará-lo depois. William Shakespeare - Timon of Athens,
ato I, cena 1).
- A obra-prima é uma
variedade de milagre. William Shakespeare, II, 6)
- Quem será tão medroso que
não tenha a audácia para acender o fogo na época do frio? (Willian
Shakespeare - Venus and Adonis, verso 40)
- A delicadeza e a bondade
parecem vis aos vis; à corrupção, agrada-lhe a corrupção. (William
Shakespeare - King Lear, ato IV, cena 2)
- É preferível ser
completamente enganado do que abrigar a menor suspeita. (William
Shakespeare - Othelo, ato 3º, cena 6)
- Quando a formosura é o advogado, todos os
oradores emudecem. (William
Shakespeare – The Rape of Lucrece, v. 268).
- Algumas vezes creio que não tenho mais
engenho do que qualquer cristão ou qualquer outro homem vulgar. (William
Skakespeare - Twelfth Night, ato I, cena 3)
- Nós somos feitos do tecido de que são feitos
os sonhos. (William
Shakespeare - Dramaturgo)
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Pensadores
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